- Nos últimos 25 anos, surgiram análogos da insulina humana, de ação prolongada, uma vez ao dia, que melhoraram a eficácia e segurança do tratamento do Diabetes em comparação com as insulinas anteriores.
- Apesar da disponibilidade de insulinas uma vez ao dia, a adesão e a persistência na terapia são inferiores ao desejado.
- Insulina uma vez por semana, com uma perfil farmacocinético estável, pode reduzir a carga de injeção e a variabilidade glicêmica, o que pode se traduzir em melhor adesão ao tratamento.
- A insulina Icodeca, um análogo acilado da insulina, e a insulina Efsitora alfa, um agonista do receptor de insulina Fc estão em estágio final de desenvolvimento clínico como insulinas de aplicação semanais.
- Dados clínicos disponíveis da insulina icodec e insulina efsitora mostram controle glicêmico comparável as insulinas aplicadas uma vez ao dia com um risco geralmente semelhante de hipoglicemia.
Análogos diários de insulina basal. A, Esquerda: Mecanismo de protração da Insulina Glargina U100 através de precipitação induzida por pH no espaço SC. À direita: perfis farmacocinéticos da IGlar U100 em comparação com NPH (0,3 U/kg cada) de um estudo em 20 indivíduos com DM1. B, Esquerda: Mecanismo de protração da IGlar U300 através de precipitação induzida por pH no espaço SC. O mecanismo é o mesmo da IGlar U100, mas com uma liberação mais sustentada devido à formulação mais concentrada, resultando em uma liberação mais lenta da insulina glargina. À direita: perfil farmacocinético da IGlar U300 em comparação com IGlar U100 (cada 0,4 U/kg) de um estudo de clamp euglicêmico em 18 indivíduos com DM1. C, Esquerda: Mecanismo de protração da Insulina Detemir. Á direita: perfil farmacocinético da I Det comparado a I Glar U100 (ambos 0,35 U/kg) de um estudo de clamp euglicêmico em 12 pacientes com DM1. D, Esquerda: Mecanismo de protração da Insulina Degludeca através da liberação sustentada da formação de multi-hexâmero e ligação à albumina. À direita: perfil farmacocinético da IDeg comparado a IGlar U100 (ambos 0,4 U/kg) em 22 pacientes com DM1.
- Os achados do programa ONWARDS até o momento sugerem que a insulina Icodeca tem o potencial de facilitar o controle glicêmico em pacientes insulino-requerentes, reduzindo o número de injeções por ano de 365 para 52. Além disso, os dados sugerem melhora na média glicêmica diária, com menores medidas nos períodos pós prandiais e maior tempo no alvo. No contexto do diabetes tipo 2, as taxas de hipoglicemia foram baixas. No diabetes tipo 1, no contexto do esquema basal-bolus, ocorreram mais eventos hipoglicêmicos, o que pode estar associado a maior complexidade desse cenário.
Insulina Icodeca. A, Icodeca é um análogo da insulina humana acilada com alterações de 3 aminoácidos (TyrA14Glu, TyrB16His e PheB25His; cor laranja) para facilitar a estabilidade e reduzir a afinidade por IR. A reduzida afinidade IR modera a depuração mediada pelo receptor. Um diácido icosano C20 é adicionado com um espaçador e permite uma ligação forte e reversível a albumina para prolongar sua meia-vida plasmática. B, A absorção retardada da icodeca por via subcutânea é obtida por dissociação hexamérica controlada por difusão e ligação de monômeros a albumina. C, a Icodeca circula principalmente ligada a albumina. A afinidade reduzida da Icodeca para o receptor de insulina regula a ligação a este receptor IR, exigindo maior concentração local para o envolvimento deste proporcionando assim maior controle da captação de glicose no parênquima.
- Será necessário educação sobre os novos regimes de dosagem para facilitar o uso eficaz dessa nova opção terapêutica.
Fonte: Rosenstock J et al. The Basis for Weekly Insulin Therapy: Evolving Evidence With Insulin Icodec and Insulin Efsitora Alfa. Endocr Rev 2024;16:bnad037.
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