O número de idosos, incluindo aqueles que vivem com demência, está aumentando à medida que a mortalidade em idades mais jovens diminui.
No entanto, a incidência de demência específica por idade diminuiu em muitos países, provavelmente devido a melhorias na educação, nutrição, cuidados de saúde e mudanças no estilo de vida.
No geral, um conjunto crescente de evidências apoia os 10 fatores de risco potencialmente modificáveis para demência listados pela Comissão Lancet de 2017 sobre prevenção da demência: menos educação, hipertensão, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, problemas físicos, inatividade física, diabetes e baixo contato social.
Foi adicionado agora, em 2024, mais três fatores de risco para demência com dados mais recentes e convincentes.
Esses fatores são o consumo excessivo de álcool, a lesão cerebral traumática (TCE) e a poluição do ar.
O grupo de experts da revista LANCET concluiu novas revisões e meta-análises e incorporou um modelo atualizado com 12 fatores de risco para a demência. Juntos, os 12 fatores de riscos modificáveis são responsáveis por cerca de 40% das demências em todo o mundo, que, consequentemente, poderiam teoricamente ser evitadas ou atrasadas.
O potencial de prevenção é elevado e poderá ser maior em países de baixa e média renda (PBMR), onde ocorrem mais demências.
Nunca é cedo demais e nunca tarde demais prevenir a demência no curso da vida.
Riscos no início da vida (menos de 45 anos), como menos escolaridade afetam a reserva cognitiva; meia idade (45–65 anos) e fatores de risco mais avançados (acima de 65 anos) influenciam a reserva e o desencadeamento de doenças neuropatológicas.
Cultura, pobreza e desigualdade são fundamentais impulsionadores da necessidade de mudança. Indivíduos que são mais necessitados são os que mais necessitam dessas mudanças e obterão o maior benefício.
Ações específicas para os fatores de risco ao longo da vida:
• manter a PA sistólica de 130 mm Hg ou menos na meia-idade a partir dos 40 anos (anti-hipertensivos). Aliás, o controle da hipertensão é o único tratamento eficaz conhecido como medicação preventiva para demência).
• uso de aparelhos auditivos para perda auditiva e reduzir a perda auditiva protegendo os ouvidos do excesso de exposição ao ruído.
• redução da exposição à poluição do ar e ao tabaco.
• evitar ferimentos na cabeça.
• limitar o uso de álcool, pois o uso indevido de álcool e o consumo excessivo de álcool em mais de 21 unidades por semana aumentam o risco de demência.
• evitar o hábito de fumar e apoiar a cessação do tabagismo, pois isso reduz o risco de demência.
• fornecer a todas as crianças educação primária e secundária.
- reduzir a obesidade e a condição associada de diabetes.
- realizar atividade física na meia-idade e, possivelmente, mais tarde na melhor idade.
• Abordar outros supostos fatores de risco para demência como o sono, através de intervenções no estilo de vida.
Para aqueles com demência, as recomendações são:
• Fornecer cuidados integrais pós-diagnóstico
• Os cuidados pós-diagnóstico para pessoas com demência devem abordar a saúde física e mental e a assistência social.
A maioria das pessoas com demência tem outras doenças e podem ter dificuldades para cuidar de sua saúde e isso pode resultar em hospitalizações potencialmente evitáveis.
• Gerenciar sintomas neuropsiquiátricos
• As drogas psicotrópicas são muitas vezes ineficaz e podem ter efeitos adversos graves.
• Cuidar de cuidadores familiares
• Intervenções específicas para cuidadores familiares têm resultados duradouros e efeitos sobre os sintomas de depressão e ansiedade, aumentando a qualidade de vida e podem diminuir os gastos financeiros
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