Quando a Obesidade extrema tem causa genética
Sabemos que a maior parte dos pacientes obesos tem como causa fatores culturais e ambientais, porém a causa genética não pode ser desconsiderada. Existem casos de pacientes superobesos com apetite voraz em que o distúrbio é inato, genético e por isso é tão importante a desculpabilização. Ou seja, nem todo mundo come muito porque quer.
Foi publicado um estudo inédito realizado no Brasil por pesquisadores cariocas.
Nesta pesquisa foram identificados pacientes com mutações patogênicas em alguns genes como o LEP, o MRAP2 e o POMC. Nestes casos temos um paciente em que a obesidade monogenica (apenas um gen está alterado) não sindrômica interrompe o equilíbrio, a homeostase energética. A maioria destas mutações nos genes encontrados no núcleos das nossas celular, resulta da interrupção da via da leptina-melanocortina. Isso resulta em um apetite voraz em fase precoce da vida levando a obesidade grave.
Tratou-se de um estudo transversal com 122 adultos obesos sendo 97 mulheres (79,5%) e 25 homens que apresentaram obesidade de início precoce, com idade de 18 a 65 anos, da cidade do Rio de Janeiro.
Os critérios de inclusão foram obesidade grave com IMC > ou = 35 desenvolvida de 0 a 11 anos de idade.
Esse estudo descreveu pela primeira vez a prevalência de variantes raras dos genes MRAP2 e POMC potencialmente patogênicas em uma coorte de adultos brasileiros obesos graves.
Fonte: da Fonseca ACP, Abreu GM, Zembrzuski VM et al. Study of LEP, MRAP2 and POMC genes as potential causes of severe obesity in Brazilian patients. Eat Weight Disord (2020). https://doi.org/10.1007/s40519-020-00946-z.
Nenhum comentário:
Postar um comentário