Estudo demonstra importância da Vida Fraterna em comunidades religiosas
O campo de pesquisa na área da religião, espiritualidade e saúde está crescendo rapidamente e é provável que se mova da periferia para o centro da investigação científica.
Um grupo de pesquisadores dinamarqueses realizou um estudo com pessoas acima de 50 anos ou mais de 2004 a 2013 em dez países europeus.
Foram utilizadas regressões logísticas multivariadas para examinar todas as associações. Participar de um grupo religioso foi associado a uma menor probabilidade de GALI (índice de limitação de atividade global) (OR = 0,86, IC 95% 0,75, 0,98) e sintomas depressivos 0,80 (IC 95% 0,69, 0,93), enquanto que receber uma educação religiosa esteve associado a menos auto avaliações reduzidas de saúde (SSR) 0,81 (IC 95% 0,70, 0,93) bem como problemas de saúde a longo prazo 0,84 (IC 95% 0,74, 0,95). Quanto mais prática religiosa menores as probabilidades de limitações com atividades da vida diária 0,76 (IC 95% 0,58, 0,99) e sintomas depressivos 0,77 (IC 95% 0,64, 0,92) do que outros entrevistados, e em comparação com pessoas que apenas rezavam e não tinham envolvimento organizacional, apresentavam menor probabilidade de SSR 0,71 (IC 95% 0,52, 0,97) e sintomas depressivos 0,66 (IC 95% 0,50, 0,87).
Por outro lado, as pessoas que apenas rezavam apresentaram maiores probabilidades de sintomas depressivos do que pessoas não religiosas 1,46 (IC 95% 1,15, 1,86). Essas descobertas sugerem dois tipos de religiosidade: 1. Religiosidade vibrante (rezar, participar de uma organização religiosa e ser educado na religião), associada à boa saúde e 2. Religião das crises (rezar sem outras atividades religiosas), associada com pouca saúde já que ocorreria após uma doença ou tragédia pessoal.
Ahrenfeldt LJ et al. Religiousness and health in Europe.
Europ J Epidem 2017 DOI 10.1007/s10654-017-0296-1.