sexta-feira, 28 de julho de 2017

OBESIDADE - é preciso combater.

Artigo público no NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE neste mês de julho de 2017 avaliou 68,5 milhões de pessoas de 1990 a 2015 em 195 pacientes.

  •                                         4 milhoes de óbitos relacionados ao excesso de peso;
  • 70% destas mortes foram  relacionadas ao sistema cárdio-vascular;
  • a obesidade aumentou em um ritmo mais rápido do que as doenças crônicas relacionadas nas ultimas 3 décadas.
  • essa elevação ocorreu também em países menos desenvolvidos, o que indica que a o problema não é simplesmente uma função de renda ou riqueza;
  • os principais norteadores foram mudanças no ambiente alimentar e os sistemas alimentares;
  • aumentou expressivamente a venda e comércio de alimentos cada vez mais densos energeticamente;
  • a urbanização diminuiu oportunidade e espaços para a prática de exercícios físicos;
  • urge a necessidade de manter o foco contínuo na vigilância do IMC e identificar, implementar e avaliar intervenções baseadas em evidências para enfrentar esse problema.


The GBD 2015 Obesity Collaborators. 
Health Effects of Overweight and Obesity 
in 195 Countries over 25 Years. 
N Engl J Med 2017;6(1):13-27.


Adicção sexual e abuso de drogas.
Foi publicado em julho de 2017 um estudo realizado na Santa Casa da Misericórdia de São Paulo e concluiu-se que o uso de mais de um tipo de droga está relacionado a um risco maior para adicção sexual (chamado satirismo no homem e ninfomania na mulher). O risco foi menor para alcoolismo isolado. Os profissionais que trabalham com este perfil de pacientes devem estar atento a esta correlação. 




Antonio N et al. Sexual addiction in drug addicts: 
The impact of drug of choice and poly-addiction.
Rev Assoc Med Bras 2017; 63(5):414-421.

quarta-feira, 26 de julho de 2017

Mal de Alzeheimer - dieta por sonda? E agora?





O que você precisa saber sobre Acupuntura

Fonte: Site do CMBA (Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura)

1. O que é acupuntura?

Originária da China, a acupuntura é um método terapêutico que se caracteriza pela inserção de agulhas na superfície corporal, para tratar doenças e promover a saúde. Ela é reconhecida como especialidade médica desde 1995, pelo Conselho Federal de Medicina.
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2. Como funciona?

Graças às pesquisas científicas realizadas nos últimos cinquenta anos, tanto na China como no Ocidente, os efeitos da Acupuntura vêm sendo desvendados. Seu mecanismo de ação tem sido demonstrado à luz da ciência atual, tendo bases fisiológicas. A inserção da agulha de Acupuntura estimula as terminações nervosas existentes na pele e nos tecidos subjacentes, principalmente os músculos. A “mensagem” gerada por esses estímulos segue pelos nervos periféricos até o sistema nervoso central Medula e cérebro). Ai, deflagra a liberação de diversas substâncias químicas conhecidas como neurotransmissores, desencadeando uma série de efeitos importantes, tais como, analgésico, anti-inflamatório e relaxante muscular, além da ação moduladora sobre as emoções, o sistema endócrino e imunológico e sobre várias outras funções orgânicas.

3. Quais são as indicações?

O campo de atuação da Acupuntura é amplo, devido à sua própria natureza e mecanismos de ação, pois ao estimular o sistema nervoso, regula e harmoniza o funcionamento do organismo como um todo. Tanto nas pesquisas clínicas como na prática diária, tem-se observado uma grande eficácia no tratamento de inúmeras doenças e disfunções orgânicas: neurológicas, psiquiátricas, ortopédicas, respiratórias, reumatológicas, digestivas, entre outras. Diante disso, a própria Organização Mundial de Saúde (OMS) relacionou todas das doenças tratáveis pela Acupuntura. Inúmeros estudos científicos, realizados em todo o mundo, têm acrescido constantemente mais ítens a esta lista de indicações.

4 . Como é feito o atendimento?

O atendimento por um médico acupunturista vai muito além do que simplesmente “inserir agulhas no corpo do paciente”. Essa é apenas uma das etapas de uma série de procedimentos que obedece à mesma sequência de uma consulta médica de outra especialidade. Assim sendo, durante a anamnese, as história do paciente e suas queixas são ouvidas e anotadas. A seguir, é realizado um exame físico e, quando necessários, são solicitados e interpretados exames complementares. Isso permite ao médico a elaboração de um diagnóstico clínico. A partir deste diagnóstico é que o médico decide se a Acupuntura é indicada para aquela situação clínica e se há a necessidade de prescrever alguma medicação, bem como associar outra forma complementar de tratamento. Finalmente, o médico estabelece um prognóstico, informando ao paciente sobre as possibilidades de sucesso do tratamento empreendido e ,caso haja, de suas limitações. Eventualmente, se necessário, ele encaminha o paciente a um médico de outra especialidade, para uma avaliação ou mesmo, para dar continuidade ao tratamento.

5. Quais os profissionais habilitados para a sua prática?

As únicas profissões de saúde do país, que por lei, detêm o direito de diagnosticar doenças, realizar procedimentos invasivos, prescrever medicamentos, são os médicos, cirurgiões dentistas e médicos veterinários. O Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura defende que a prática da Acupuntura , no Brasil, seja realizada por estes profissionais, nos seus respectivos campos de atuação.

6. É preciso interromper outros tratamentos?

Não, pois na maioria das vezes, a associação da Acupuntura com outras formas de tratamento não apenas é possível, como é benéfica para o paciente. Porém, somente após a realização de uma consulta e a definição do diagnóstico é que o médico pode determinar qual o tratamento mais adequado para cada quadro clínico. Desse modo, podem ser associados à acupuntura, medicamentos, fisioterapia e outros métodos complementares de tratamento.

7. As agulhas podem transmitir doenças?

A normatização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determina que a Acupuntura seja realizada exclusivamente com material descartável. Porém, alguns profissionais sem formação adequada insistem na reutilização das agulhas. É importante saber que este procedimento pode acarretar inúmeras doenças. Dentre elas, hepatites, meningites, mastoidites, encefalites, etc. Portanto, cabe ressaltar que as agulhas nunca devem ser reaproveitadas, nem no mesmo paciente pois, uma vez guardadas podem ser contaminadas. ATENÇÃO, AGULHAS SÓ DESCARTÁVEIS!

8. Existe algum risco no tratamento?

Bem praticada, a Acupuntura é segura; no entanto, o risco mais prevalente, na verdade não se refere à própria Acupuntura, e sim à sua prática por profissionais sem a devida qualificação e que não tem conhecimento sobre a anatomia normal e suas variantes e sobre a elaboração de um diagnóstico e prognósticos. Como no caso, por exemplo, de um tratamento de Acupuntura, realizado por leigo, para quadro de dor abdominal, mas que na verdade é um apendicite. Além disso, o uso de um método invasivo, cirurgicamente perfurante, por indivíduos sem formação específica, têm resultado em ocorrências de negligência, imperícia e imprudência, além do crime de curandeirismo, relatadas em inúmeros casos, pela literatura médico-científica mundial, tais como: Infecções, transmissões de doenças, lesões e perfurações. E o que contribui para agravar mais ainda estas possíveis ocorrências é o fato de que, tendo sido provocado por indivíduo leigo, muito dificilmente este terá discernimento para perceber que provocou um efeito adverso; e muito menos condições de corrigir o dano causado. Com isso, o paciente lesado poderá ter uma demora muito grande para ser diagnosticado devidamente e adequadamente socorrido, podendo por esta última razão resultar, inclusive, em óbito.